A importância do Sistema de informação gerencial para a tomada de decisão

31-10-2010 16:03

 A IMPORTÂNCIA DO Sistema de informação gerencial para a tomada de decisão

 

Evandro Paulo Bolsoni

Centro Universitário São Camilo-Espírito Santo

 

 

Rubens Giardini Caldonho

Centro Universitário São Camilo-Espírito Santo

 

Resumo

O presente artigo analisa a importância do Sistema de Informação Gerencial
(SIG) na gestão empresarial para tomadas de decisões, além da importância de se utilizar algum tipo de sistema para atingir a eficácia dos seus processos. Foi realizado um estudo de caso nas grandes empresas do sul do Estado do Espírito Santo, através de questionário com doze perguntas, que permitiu verificar que todas as empresas utilizam algum tipo de sistema e que, na visão dos gestores, o sistema possui todas as funcionalidades necessárias para atender os objetivos da organização. Verificou-se ainda que o Sistema de Informação Gerencial pode ser considerado um suporte, auxiliando desde as decisões tomadas no operacional, até às da alta administração. Dessa forma, fica evidente que para executar uma decisão com um grau maior de certeza, um sistema é totalmente viável por oferecer informações precisas.

 

Palavras - Chave: Sistema, informação, decisão.

 

1. Introdução

Tem-se observado que as empresas buscam um maior equilíbrio em relação às tomadas de decisões, por isso as organizações almejam meios para fazer a diferença em um mercado que está cada vez mais competitivo, exigindo um diferencial para lidar com as decisões. Portanto, esse diferencial parte da importância de uma empresa ter um Sistema de Informação (SI) capaz de auxiliar nas operações administrativas e impulsionar o planejamento para que haja um melhor controle. Stair (1998, p.17), reforça essa idéia dizendo que “um sistema de informação eficiente pode ter um grande impacto na estratégia corporativa e no sucesso da organização”. Esse impacto reflete na capacidade da empresa em lidar com as decisões e definir qual a melhor medida a se tomar dentro do seu âmbito organizacional.

Para as empresas, a importância da tomada de decisão se dá ainda pelos processos de escolha, onde ela estabelece, identifica, compara e avalia situações capazes de oferecer alternativas para os executivos. E essas etapas, se dão por critérios definidos pela política da organização. De acordo com Lacombe e Heilborn (2003, p.440), “qualquer processo decisório, seja no íntimo do indivíduo ou na organização, ocupa-se da descoberta e seleção de alternativas satisfatórias”. Para tanto, a tomada de decisão compreende o resultado dos objetivos a serem decididos e riscos que o gestor irá correr. A tomada de decisão é tão importante que uma decisão pode mudar a situação da empresa, em relação a finanças, ambiente e principalmente pessoas, pois é a única que está envolvida em toda cadeia.

Com a estrutura de um sistema definido e implantado na empresa, o modo de gerenciamento poderá agregar ao gestor maior flexibilidade no uso da informação, e a empresa poderá prover de vários sistemas de suporte, obedecendo assim à hierarquia da organização, pois Sistemas de Informações se concentram em vários níveis no âmbito da empresa. Rezende e Abreu (2009, p.7), dizem que “os desenvolvedores de sistemas devem considerar os objetivos de gestão e o processo decisório, bem como o impacto que estes sistemas terão sobre as pessoas e sobre o contexto organizacional”. Deste modo, as empresas poderão chegar às decisões pela adoção de sistemas como o Processamento Eletrônico de Dados (PED), Sistema de Apoio à Decisão (SAD), Inteligência Artificial (IA), Sistema de Informação Gerencial (SIG) entre outros. Assim, cada empresa tem a possibilidade de escolher o sistema que melhor atende aos objetivos da organização. Esse artigo tem como foco apresentar as características de uso do Sistema de Informação Gerencial.

Dessa forma, o presente artigo tem como proposta de pesquisa, responder o seguinte problema: Os sistemas de Informação Gerencial contribuem para a tomada de decisão?

Tendo como premissa básica responder as indagações que norteia este trabalho, busca-se na seguinte hipótese.

Se o Sistema de Informação Gerencial não existir nas organizações os processos de tomada de decisão serão monótonos.

Sendo assim, tem-se como objetivo geral verificar de que forma os Sistemas de Informação Gerencial contribuem para a tomada de decisão.

2.0 Fundamentação Teórica

A partir deste tópico, o presente artigo fará uma abordagem a temas relacionados com: Sistema de Informação, Sistema de Informações Tecnológico, Sistema de Informação Gerencial, Tomada de decisão, como forma de sustentação teórica ao termo proposto.

2.1 Tecnologia da informação nas empresas

As empresas sentem a necessidade de utilizar algum tipo de sistema com o objetivo de se atingir a eficácia de seus processos, sendo assim fez com que houvesse a necessidade de se realizar um estudo mais aprofundado de Sistemas de Informação para cada nível da empresa e que o mesmo provesse de um planejamento e adequação para a proposta de surgimento de novos sistemas. (OLIVEIRA, 2000, p.183)

Os referentes sistemas exercem funções de estratégias em todos os setores que geram informações de custo, produção, recursos humanos, marketing e todo ambiente organizacional, com o propósito de coletar e empregar uma definição no campo de utilização pelo sistema que a empresa ira exercer. (REZENDE e ABREU, 2009, p.86)

Com o propósito de empregar Sistemas de Informação adequados a cada nível da empresa, houve o surgimento de novos sistemas para dar suporte e definir funções como controle e planejamento. Oliveira (2000, p.182) ressalta que “para apoiar essas funções, especialmente o planejamento e o controle, são de destacada importância os sistemas que fornecem informações aos administradores.” E essas informações são empregadas com sistemas como o Processamento Sistemas de Informação estratégicos (SIE), Sistema de Apoio à Decisão (SAD), Inteligência Artificial (IA), Sistema de Informação Gerencial (SIG) e Sistemas de Informações Transacionais (SIT) entre outros.

Para a utilização desses sistemas é importante destacar, que os mesmos estão contextualizados no meio ambiente interno das empresas, pois fornecem informações diferentes e de certa importância, desde o nível operacional ao executivo.

“O objetivo de um sistema de informação é permitir que cada funcionário de uma organização tenha a informação necessária para melhorar a qualidade de seu trabalho, seja ela para que o mecânico conserte um veículo ou para que o presidente escolha um determinado plano”. (OLIVEIRA, 2000, p.178)

Portanto, Oliveira destaca a participação de cada colaborador e a relação da informação com o sistema adequado que a empresa utiliza, pois no operacional é trabalhado com um Sistema de Informação Transacional (SIT), onde se concentra a entrada de dados e consequentemente se torna um meio de elaboração para os demais tipos de sistemas por considerar os recursos que são proporcionados. Rosini e Palmisano (2003, p.15) dizem que “esse sistema tem como função executar e cumprir os planos elaborados por todos os outros sistemas, pois serve como base na entrada de dados (input)”. O objetivo maior desse sistema é constituir os resultados no quotidiano da organização.

Tratando – se do nível maior da empresa, onde são realmente tomadas às decisões, as pessoas à frente da resolução como os gerentes, executivos e a alta administração, obtêm o Sistema de Informação Executivo ou Suporte à Decisão Estratégica (SIE) pelo qual a informação está no estágio que contempla as operações e ligações gerenciais convertendo – os em conhecimentos estratégicos.

“Também chamados de Sistemas de Informação Executivos ou Sistemas de suporte à Decisão Estratégica, ou ainda, são conhecidos por sua sigla em inglês EIS ou Executive Information Systems. Contemplam o processamento de grupos de dados das operações operacionais e transações gerenciais, Transformando-os em informações estratégicas”. (REZENDE e ABREU, 2009, p.115)

Com o Sistema de Informação Executivo, os administradores trabalham com as informações na condição mais favorável, pois está relacionado com as funções da empresa e no meio externo.

Os Sistemas de Apoio a Decisão (SAD) ocasionam um desenvolvimento maior da empresa para atender às necessidades estratégicas, a ponto de auxiliar e dar direção nas tomadas de decisão que exigem uma rapidez maior na condição das mudanças ocorridas no dia-a-dia da empresa. Rosini e Palmisano (2003, p.18), “deve estar disponível e responder a cada uma das mudanças que ocorrem, eventualmente, ao longo de um único dia, caso isso seja necessário”. Portanto o Sistema de Apoio a Decisão se concentra a acompanhar as tendências, sendo flexível e amoldável no ambiente em que a organização está inserida.

Os Sistemas de Apoio a Decisão vem se tornando uma das ferramentas mais importante no uso da informação com o objetivo de tomar melhores decisões empresariais e fornecer subsídios a uma seleção alternada com base nos recursos e elementos, pois o uso do SAD juntamente com o avanço tecnológico tem proporcionado ao administrador o acesso em tempo real aos bancos de dados a fim de que as decisões especiais sejam tomadas. (OLIVEIRA, 2000, p.183)

Para dar suporte às empresas, o Sistema de Informação Gerencial (SIG) é um sistema que extrai subsídios de vários níveis de gerentes e supervisores, quanto a informações do passado ou presente a fim de prover documentos na forma de relatórios vinculados com as funções operacionais onde o propósito do sistema é a eficiência funcional e oferecer suporte ao tomador de decisão. “Os sistemas de informações gerenciais suprem os gerentes com relatórios sobre o desempenho passado e presente da empresa”. (LAUDON e LAUDON, 1999, p.351)

Para as empresas que buscam uma modelagem e estruturação no uso da informação é fundamental a integração dos Sistemas de Informação a fim de atrelar os processos organizacionais e definir uma análise das necessidades e dúvidas que o gestor enfrenta a cada tipo de decisão. (ROSINI e PALMISANO, 2003, p. 21)

2.2 Sistemas de Informação nas Empresas

Um Sistema de Informação (SI) é a integração dos processos do ambiente organizacional de uma empresa, no intuito de auxiliar ou gerenciar a receptação das informações e organizá-las, podendo assim chegar à melhor decisão.

“Um sistema de informação (SI) pode ser definido como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informação com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em empresas e outras organizações”. (LAUDON e LAUDON, 1999, p. 4)

Representando o que diz o laudo, a figura 1 a seguir demonstra as etapas de um Sistema de Informação no qual a entrada é um tipo de dispositivo para acolher a informação no seu primeiro estado, o processamento é onde a informação passa por uma manipulação dos dados e consequentemente a saída é a informação pronta para ser utilizada com propósito de realizar o feedback, pois é o responsável por ajustar as duas primeiras atividades a fim de corrigir erros do dado e processamento.

Organização

Realimentação

Realimentação

  Ambiente

 
 
 

 

 

 

 

                                  Figura 1: Atividades dos Sistemas de Informação

                                                       Fonte: Laudon (1999, p. 4)

 

 

Conforme mostrado na figura 1, o Sistema de Informação também pode ser a união de recursos para transformar as entradas de dados em produtos de informação, que almejam apoiar as atividades financeiras operacionais e a alta administração na tomada de decisão. “Os sistemas de informação é um conjunto que visa captar o que acontece na organização, apresentando de forma sucinta, a cada nível, o que lhe cabe, e tendo por objetivo dar subsídio ao processo decisório”. (OLIVEIRA, 2000, p.166)

Com o Sistema de Informação, o auxílio nos processos será mais sólido e a empresa estará estruturada para apoiar os gestores na coleta de informações a fim de um uso mais eficaz. Laudon e Laudon (1999, p.5), afirmam que “não se pode entender ou usar Sistemas de Informação em empresas de forma eficiente sem o conhecimento de suas dimensões em termos de organização e de pessoas, assim como de suas dimensões técnicas”. Sendo assim, para implantar um sistema de informação não basta só implantá-lo sem qualquer tipo de preparação, é preciso saber os pontos organizacionais que serão afetados, pois são necessárias pessoas capacitadas e envolvidas no ambiente, porque a mudança engloba pessoas, tecnologia e processos.

Para se chegar nesse ambiente é importante focar nos recursos que um sistema demanda, como, hardware, software, rede e pessoas, utilizando como base os recursos de dados. “Existem muitos tipos de informação no mundo real. Todos eles utilizam recursos de hardware, software, rede e pessoas para transformar os recursos de dados em produtos de informação”. (O’ BRIEN, 2003, p.26)

Realizando uma comparação entre  O’Brien e Oliveira, em relação aos recursos citados anteriormente, Felix, acrescenta ainda o recurso  “procedimentos”, por considerar que através de normas, políticas e maior comprometimento com a informação, pode-se chegar a um objetivo. “finalmente, os procedimentos são normatizações e regras e políticas adotadas de modo a sistematizar e unificar todas as operações executadas com um propósito comum”. (SILVA, 2003, p.54)

Para a finalidade do sistema e integralização dos recursos mencionados por O’Brien e Oliveira é necessário entrada, processamento e saída, pois cada um representa uma função como diz Stair (1998, p.24), “a entrada é a atividade de capturar e coleta de dados novos; o processamento envolve a conversão ou transformação de dados em saídas úteis e a saída envolve a produção de informação útil”. Visto que, um sistema de informação é constituído por três atividades (entrada, processamento e saída), com finalidade de aprimoramento de dados brutos e compreensão de determinadas informações. Sendo que o processamento é a modificação de dados primários, no intuito de obter informação, já a saída é a informação em seu campo de uso, definida para ser utilizada.

“A entrada (ou input) envolve a captação ou coleta de fontes de dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente externo. O processamento envolve a conversão dessa entrada bruta em uma forma mais útil e apropriada. A saída (ou output) envolve a transferência da informação processada às pessoas ou atividades que usarão”. (LAUDON e LAUDON, 1999, p.4)

Corroborando a citação, Informação é o resultado da integralização das atividades que forma uma concentração de dados, onde nos é permitido concluir metas, por meio de fatores, com o objetivo de capacitar o gestor a tomar a melhor atitude para sua empresa.

“A informação é o resultado da análise dos dados existentes na empresa, devidamente registrados, classificados, organizados, relacionados e interpretados em um determinado contexto, para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma otimizada”. (OLIVEIRA, 2005, p.37)

Parafraseando Oliveira (2005, p.37), a informação é um meio de organização para o sistema onde o tempo, se torna um tipo de mensagem, com a finalidade de direcionar o receptor a atitude desejada passando assim a importância de que, a informação é um diferencial tanto nas funções e estrutura que ela agrega, consolidando assim a empresa.

 

2. 3 Sistema de Informação Gerencial nas Empresas

Sistema de Informação gerencial é a informação ponderada, que se iniciou desde o dado, até ao seu estado de utilização, para orientar a organização em qual direção a seguir e tem como propósito auxiliar nas operações administrativas e nas tomadas de decisão.

“sistema de Informações Gerenciais (SIG) é o processo de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados operados”. (OLIVEIRA 2005, p. 40)

Dessa forma, o Sistema de Informação Gerencial tem por finalidade transpor as informações ao gestor com o objetivo de dar apoio nas decisões.

O Sistema de Informação Gerencial, também é um método organizado que consiste em manter o suporte nas funções administrativas, como também se tornando um meio de se rever as informações passada, atual e futura. Como ressalta Oliveira (2000, p.183), “o sistema fornece informações sobre o passado, o presente e o futuro projetado e sobre eventos relevantes dentro e fora da organização”. Com isso, o Sistema de Informação Gerencial pode resgatar aquela decisão no passado que não foi bem empregada, dando a chance de analisá-la, permitindo que o gestor tenha uma visão dos erros cometidos e que se precavesse na decisão futura.

Para que se chegue ao propósito do Sistema de Informação Gerencial, é necessária uma aglomeração do ambiente organizacional como um todo, onde o foco está na eficiência operacional realizado pelos recursos, onde a funcionalidade se da através de pessoas, tecnologias, planejamento e controle. Assim define Stair.

“Um sistema de informações gerenciais (SIG) é um agrupamento organizado de pessoas, procedimentos, bancos de dados e dispositivos usados para oferecer informações de rotina aos administradores e tomadores de decisões. O SIG focaliza a eficiência operacional. Marketing, produção, finanças e outras áreas funcionais são apoiada por sistemas de informação gerenciais e ligadas através de um banco de dados comum”. (STAIR, 1996, p.38)

 As funções de marketing, produção, finanças e recursos humanos se destacam, pois é a partir delas que a informação é trabalhada e apresentada a alta gerencia através de relatórios concretizados com as operações, possibilitando assim um fácil entendimento.

“Cabe aos sistemas de informações gerenciais sumariar os dados, emitir relatórios consolidados sobre as operações da empresa. Assim, os longos relatórios gerados pelos sistemas de informações especialistas se transformam, via sistema de informações gerencias, em relatórios objetivos, condensados e sintéticos e principalmente nos dias de hoje apresentados em forma de gráficos de alta resolução.” (ROSINI e PALMISANO, 2003, p.17)

A fácil leitura dos relatórios proporciona aos gestores uma análise mais sólida, dando a certeza de qual decisão a se tomar mediante o que foi apresentado, agregando uma minimização de dúvidas para se tomar uma decisão.

Portanto, o Sistema de Informação Gerencial, visa o fornecimento da informação para o executivo a tempo de usá-la com mais eficiência consolidando a idéia de que através dos relatórios que o SIG oferece, o nível gerencial é capaz de realizar um planejamento e um controle para se chegar à melhor decisão. Como na visão de Rosini e Palmisano (2003, p.17), “sistema de informações gerenciais por definição servem como base para as funções de planejamento, controle e tomada de decisão em nível gerencial”. Então vale ressaltar que o Sistema de Informação Gerencial, vem como suporte para as funções administrativas.

A partir desse suporte, a empresa realiza suas atividades com mais clareza e qualidade no tratamento das informações, pois a utilização do Sistema de Informação Gerencial nas funções administrativas faz com que se torne um canal de ligação com informações precisas.

“A capacidade dos administradores de manter os canais eficazes de comunicação informal, de perceber as implicações das informações que esses canais transmitem, e de avaliar, decidir e reagir rapidamente sobre essas informações amplia enormemente a utilização do SIG”. (OLIVEIRA, 2000, p.183)

Com o Sistema de Informação Gerencial interligado nas funções, a alta gerencia perceberá o impacto do investimento, através dos benefícios para a empresa, clientes e todo ambiente da organização.

2.4 Tomada de Decisão nas Empresas

Nas organizações, os executivos têm papel decisivo, pois precisam tomar decisões a todo instante. Lacombe e Heilborn (2003, p.438) citam que, “a tomada de decisões está presente em todas as funções do administrador”. Para se tomar uma decisão é importante ter conhecimento, pois é este quem habilita as pessoas a lidar com a certeza maior do que se está fazendo ou querendo fazer, pois essa certeza é importante dentro do ambiente organizacional como um todo, uma vez que o conhecimento é o resultado de todo processo realizado desde o dado até a informação, apresentando-se em melhor condição de atuar mediante a uma decisão. Conforme Davenport e Prusak (1998, p.6–7), “o conhecimento deriva da informação da mesma forma que a informação deriva de dados”. Então, pode dizer-se que, sempre existirá uma interligação entre esses três elementos, pois cada um tem a sua importância e significado nessa estrutura para se chegar à decisão desejada.

Esta estrutura parte do sistema e ambiente no qual a empresa está inserida e nos meios que a compõem, com o objetivo de se obter através dos processos de escolhas, avaliação e identificação da melhor decisão a se tomar.

“Isso mostra que para chegarmos a uma decisão adequada precisamos fazer uma análise do sistema considerando corretamente todas as variáveis de todos os seus elementos e as inter-relações entre eles, bem como as relações do sistema com o meio ambiente”. (LACOMBE e HEILBORN, 2003, p.440)

Nos meios que figuram uma organização, é importante destacar as pessoas, por estarem presentes desde a coleta, desenvolvimento e sustentação da informação e por ser a peça principal para compreender e cimentar a decisão. Como ressalta Bateman e Snell (1998, p.97), “essas necessidades podem ser atendidas pelo envolvimento dessas pessoas desde os primeiros estágios do processo de implementação”. Para que haja esse envolvimento, as organizações têm um caminho a se construir, que se inicia desde a preparação das pessoas do operacional ao gestor, por considerar os fatos e meios que podem ser utilizados para a concretização como também as diversidades referentes ao tratamento que é feito mediante a decisão. Como descreve Lacombe e Heilborn (2003, p.444), “esta é a etapa que toma mais tempo. Entretanto, se a decisão não for transformada em ação ou trabalho, ela será apenas uma boa intenção”. Isto se dá pelo norte que a decisão é tomada e de que forma é vista.

A interpretação do processo decisório em uma empresa toma – se da abertura e escolha de alternativas, onde o indivíduo ficará exposto a riscos, dúvidas e ciente das suas limitações. De acordo com Bateman e Snell (1998, p.92), “os riscos são altos, as dúvidas persistem e, com frequência, não há um modo racional para se chegar as respostas ‘certas’”. Esse modo racional refere – se à definição, identificação, ponderação, alternativas e valores de todos os critérios que levam a pessoa a tomar decisão. Robbins (2003, p.57) “essas escolhas seguem um modelo de seis etapas, embasado por pressupostos específicos”. O objetivo do modo racional é levar o executivo a tomar uma decisão ótima no seu campo de uso.

As decisões em uma empresa podem ser tomadas de vários tipos e níveis, como também em grupos ou individual, isso parte da percepção e estrutura hierárquica da organização, bem como a forma de gerenciamento e responsabilidade de quem terá o poder de decidir. “A pessoa ou grupo assume plena responsabilidade pelas decisões, tendo para isso a informação, a maturidade, as qualificações e as atitudes suficientes para decidir da melhor forma possível”. (MAXIMIANO, 2007, p.104)

Na busca da eficiência e da certeza em uma decisão, o administrador prover de situações em que o mesmo fica duvidoso como proceder, caso não haja estrutura para lidar com o problema como no caso de um conflito que geralmente acontece mediante a uma decisão ostentada em individual ou em grupo. Maximiano (2007, p.103), profere que “uma das principais decisões dos gerentes é: decidir quem toma decisões”. Isso, se da pela participação na decisão.

No todo, o processo de decisão quando for adotado é importante analisar o momento e a necessidade que o executivo deseja e se o período é de uma decisão precisa e detalhista, se torna obrigatória uma decisão em grupo, por gerar informações detalhadas e alternativas para alcançar maior atributo na decisão. “Se existe tempo suficiente disponível, os grupos normalmente tomam decisões de mais qualidade do que a maioria dos indivíduos atuando sozinhos”. (BATEMAN e SNELL, 1998, p.100)

Outro meio que os gestores podem considerar é quando a decisão tem que ser tomada por uma única pessoa, pois, as ocasiões passam a exigir uma decisão com um grau maior de agilidade e minimização do tempo. Robbins (2003, p.65), diz que “um indivíduo não precisa marcar uma reunião ou gastar tempo discutindo várias alternativas. Por isso, quando é necessária uma decisão rápida, a vantagem está com o indivíduo sozinho”. Então pode desconsiderar – se a atitude de analisar e discutir possibilidades do que seria realmente a melhor decisão, mesmo não havendo consulta aos demais subordinados ou envolvidos na empresa.

Portanto, a tomada de decisão nas empresas é de suma importância, pois, abrange o resultado através dos meios alternativos e com a finalidade de decidir com eficácia e eficiência, tendo como essência, o uso do conhecimento e a ponderação da informação na sua aplicabilidade através de uma pessoa ou grupo, que esteja à frente da decisão. “Se a decisão deve ser tomada pelos indivíduos ou pelo grupo, isto depende essencialmente de uma ponderação entre eficácia e eficiência”. (ROBBINS, 2003, p.65).

É importante Considerar a revisão literária, pois a argumentação teórica tem como finalidade estabelecer espécies básicas para auxiliar a pesquisa de campo, o tópico a seguir apresentará a metodologia empregada para conferir a teoria, propriamente dita, com a prática, expondo a realidade de algumas empresas.

3. Metodologia

Num primeiro momento, o presente artigo concentrou-se na pesquisa bibliográfica como pré-requisito para a sustentação teórica do tema proposto, pois, Ruiz (1996, p.58), diz que, “bibliografia é o conjunto das produções escritas para esclarecer as fontes, para divulgá-las, para analisá-las, para refutá-las ou para estabelecê-las; é toda a literatura originária de determinada fonte ou a respeito de determinado assunto”. A bibliografia se enquadra na aplicação de determinado contexto, com a intenção de atribuir na construção de trabalhos científicos, monografias entre outros.

A pesquisa bibliográfica proporcionou nesse trabalho a construção de um questionário que fosse capaz de captar a aplicabilidade dos temas proposto no âmbito das organizações, uma vez que este trabalho tenha optado por um estudo de campo. Gil (1999, p.72), descreve que, “outra distinção é a de que no estudo de campo estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação de seus componentes”. Portanto, a pesquisa de campo tem como característica colher informações para realizar a analise sobre o grupo pesquisado.

No que diz respeito ao questionário o mesmo foi desenvolvido com o total de 10 perguntas, que, com respostas fechadas, possibilitou a mensuração das mesmas com a utilização do aplicativo formulário Google Docs. O questionário foi aplicado na cidade de Cachoeiro de Itapemirim-ES, no período de 01/10/2010 a 31/10/2010, para um grupo de empresas do setor de rochas ornamentais certificadas com ISO, cujos respondentes possuem cargos superiores aos de supervisores.

Os resultados encontrados na pesquisa realizada são apresentados e comentados no tópico a seguir.

 

4. Discussões Acerca do Trabalho a Luz das Teorias Abordadas

A partir deste tópico, o presente artigo proporcionará as respostas obtidas na aplicação do questionário junto às empresas.

Na primeira pergunta feita aos entrevistados, teve por objetivo saber o tempo de usabilidade do Sistema. O gráfico abaixo apresenta os resultados obtidos.

 4.1.  Há quanto tempo a empresa utiliza o sistema?

        A Primeira pergunta teve por objetivo saber há quanto tempo a empresa utiliza   o sistema. O gráfico abaixo proporciona os resultados.

 Gráfico 1: Constatação quanto ao período de uso do Sistema

                         Fonte: Os autores

 

Como se pode observar no gráfico, os resultados obtidos são que 14% das empresas utilizam o sistema de 0 à 2 e 6 à 8 anos, 43% de 3 à 5 anos e os outros 29% empregam mais de 8 anos de utilização.

 

4.2. O sistema está presente em todos os setores da empresa?

A segunda pergunta tem por finalidade mostrar se o sistema faz presença nos setores da empresa. O gráfico abaixo demonstra os resultados obtidos.

Gráfico 2: Presença do Sistema nos departamentos

                                Fonte: Os autores

 

Conforme observado no gráfico 71% das empresas confirmam que o Sistema esta presente em todos os setores. Já 29% descrevem que o sistema é parcialmente utilizado entre os setores da empresa.


 

4.3. O sistema possui flexibilidade na geração de relatórios de acordo com a decisão a ser tomada?

A terceira pergunta tem por objetivo mostrar se o sistema é flexível na geração de relatórios. O gráfico abaixo apresenta os resultados obtidos.

Gráfico 3: Flexibilidade dos relatórios em relação a decisão              

                                Fonte: Os autores

 

Conforme mostrado no gráfico 43% das organizações afirmam que sim, 14% confirmaram que não e 43% afirmam que o sistema possui parcialmente uma flexibilidade na geração de relatórios de acordo com a decisão.

 

4.4.  Em que grau de satisfação o sistema possibilita obter informações de custo de produção, fornecedores e recursos humanos?

A quarta pergunta tem por objetivo apresentar o grau de informações contidas. O gráfico abaixo apresenta os resultados obtidos.

 

Gráfico 4: Grau de satisfação das informações geradas pelo Sistema

                  Fonte: Os autores

 

Conforme mostrado no gráfico, 29% das organizações qualificaram como dez as informações geradas e 71% afirmam qualificação sete para obtenção de informações.

 
     

 

 

 

 

 

4.5.  A empresa considera o sistema como uma ferramenta de apoio à tomada de decisão?

A quinta pergunta tem por alvo mostrar se a empresa considera o sistema como uma ferramenta na tomada de decisão. O gráfico abaixo apresenta os resultados obtidos.

 Gráfico 5: Consideração ao Sistema como Ferramenta de Decisão                

                         Fonte: Os autores

 

Conforme mostrado no gráfico, 100% das empresas entrevistadas afirmam que o sistema é uma ferramenta de apoio para a tomada de decisão.

 

4.6.  Em um momento de tomada de decisão o gestor se sente seguro utilizando as informações gerenciadas pelo sistema?

A sexta pergunta tem por objetivo mostrar se o gestor se sente seguro em uma decisão utilizando as informações geradas pelo sistema. O gráfico abaixo apresenta os resultados obtidos.

 

 Gráfico 6: Segurança na Utilização do Sistema para Tomar uma Decisão

                Fonte: Os autores

 

Conforme mostrado no gráfico, em 86% das organizações entrevistadas os gestores afirmaram que se sentem seguros utilizando as informações gerenciadas pelo si

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